sexta-feira, 6 de maio de 2011

Postagem nº 04 - Político Enfrenta Engarrafamento?



É indiscutível o caos instalado no sistema de trasporte público brasileiro, principalmente nas grandes capitais, e muito me admira o governo que tanto levanta a bandeira da infra-estrutura, investir tão pouco(em relação à arrecadação é claro) em um aspecto tão urgente.
A população continua crescendo, e junto à população cresce a frota de automóveis levando as cidades a se tornarem um verdadeiro formigueiro automobilístico. O problema se agrava mais ainda em face de um evento de proporções tão grande como é a copa do mundo, aos que vêem os estádios e aeroportos como problemas gritantes, pensem na mobilidade, o tranporte público nacional é demasiado ineficiente, pois enquanto a política continua beneficiando as empresas de transporte viário, as avenidas de grande fluxo se tornam verdadeiros "gargalos" em horário de pico. Muitos atribuem essa situação à crescente frota automobilística, estão corretos, mas talvez estejam focando suas críticas na direção errada.
Nosso país sofre de um problema que formou-se na era da urbanização, cidades constríram-se e expandiram-se sem nenhuma espécie de planejamento em função do êxodo rural no início do século passado, e hoje nós sofremos com os erros passados de outrem, sem estrutura para abrigar o número de automóveis que possuem, as 5 cidades mais populosas do país, enfrentam problemas crônicos.
O governo e especialistas em infra-estrutura do trânsito, sugerem medidas cujo algumas já estão sendo aplicadas em algumas cidades como o rodízio de veículos, triste realidade em que o indivíduo possui um automóvel mas não pode usá-lo em determinados dias ou horários. Outro clamam a aplicação de pedágio urbano na região central da cidade, medida usada em cidades como Londres(Inglaterra) e Estocolmo(Suécia), mas será que os mesmos que sugerem tal medida analizam o fato da incapacidade do nosso transporte público?
Chega a ser chato continuar alegando o desequilíbrio das metas do governo, é verdade que a economia e as relações exteriores são importante, mas de que adianta  favorecer índices e estatísticas quanto à hegemonia ou poder do estado no cenário internacional, se não há efetividade no bem-estar da populaçã? Pois esse problema não afeta apenas a base da estratificação social, afinal estão todos "travados" no mesmo engarrafamento, pobres e ricos, pretos e brancos, eleitores e eleitos.
É chegada a hora de despertar na mente do povo brasileiro um conceito de coletividade, pois só assim os nossos representantes no poder priorizarão o benefício coletivo ao invés do bem-estar individual, chega de conceder aos conglomerados financeiros, lícitações milionárias proporcionando o pior ao povo que os elegeu para lutar por nossos direitos.
Na Bahia o geverno estadual e a prefeitura municipal de Salvador, entram em combate pelo projeto que irá integrar o sistema de transporte público visando a mobilidade da população na copa do mundo, a população se posiciona de maneira favorável ao transporte sobre trilhos(metrô de superfície ou VLT), enquanto o colegiado político, mostra-se à favor do BRT(Bus Rapid Transit), cujo o custo-benefício se mostra oposto ao projeto de eficiência e integração. Tudo isso em favor do grande consórcio entre empresas de ônibus e construtoras que irão usufruir e muito desse orçamento. Será que o pessoal lá já ouviu falar em convergência? diferentes meios de transporte combinado aumentando a eficiência do sistema? acho que não, pois vale ressaltar que há 12 anos estão construindo um metrô de 6 míseros Quilômetros! tsc. 
Tá na hora de mudar essa consciência de "predação do público em benefício individual" da nossa política. Tá na hora de pensar no cidadão que após trabalhar o dia inteiro ainda tem que enfrentar de 40 a 80 km de congestionamento para chegar à sua residência. Tá na hora de pensar que foi esse mesmo cidadão que fez possível você "político" estar vestindo seu paletó caro, recebendo uma remuneração absurda e desfilando nos seu carro com motorista cuja gasolina também é paga por nós. Tá na hora de pensar se esse povo não merece um transporte digno das tarifas que paga não acha? Então analise, pois só você pode fazer algo para mudar esse quadro.

domingo, 1 de maio de 2011

Postagem nº 03 - Legalize Já?


É meus caros, aqui escreverei hoje sobre um assunto que vem sendo debatido(ao menos de maneira aberta) constantemente nos últimos 50 anos, um assunto catalizador de polêmicas diversas, um assunto que envolve política, religião, moral e tantos outro tópicos: A legalização da maconha.
Os usuários e apreciadores buscam na ciência os prós do uso, alegam o bem estar em detrimento do mal causado por outras substâncias ainda mais nocivas porém lícitas, como o cigarro de tabaco(e suas trocentas substâncias contidas) e o item mais consumido pelo pessoal do sindicato no buteco, o álcool! e sinceramente? tem certa certo em seus argumentos, porém existe o outro lado da moeda.
Os oposicionistas tem o apoio nossa sociedade ainda tão dogmática(mal de colonização). Pois tudo aquilo que é institucionalmente ilícito se torna automaticamente um tabu, eu não sou usuário nem opositor à legalização da "verdinha", mas critico aqueles que pregam o uso exclusivamente terapeutico, afinal em uma sociedade onde o indivíduo possui discernimento o suficiente para julgar o bem e o mal, as opções diversas devem ser apresentadas ao mesmo, caberá à ele ponderar a administração do produto. Mas esse é justamente o problema do Brasil, o discernimento, talvez não necessariamente o discernimento mas a educação cívica do povo brasileiro, ao meu ver não proporciona capacidade suficiente ao indivíduo de julgar e administrar o uso de uma substância que consumida em alta dosagem, virá danar a sua integridade física ou mental, ainda que à longo prazo.
O excelente ensaio de Charles Beudelaire sobre o haxixe em "Paraísos Artificiais" especifica a alteração parcial do estado psicológico do consumidor da substância, o que ele define como "o furto da liberdade mental por meio do vício", vemos aí o discurso mais utilizado pelos oposicionistas à legalização, que aponta as consequências deste efeito, o consumo por parte muitos afim de cometer delitos. Mas será o mesmo efeito não pode ser obtido através do consumo álcoolico? enfim, neste tipo de debate ambas as partes estão bem munidas com réplicas e tréplicas, o que os insere rapidamente em um movimento circular eterno.
Como pontuei anteriormente, não sou usuário logo não assumo o bordão "legalize já". Em contrapartida não sou opositor então não defendo a permanência do tabu. Minha opinião é simples, quando se trata da "evolução" ou da mutação de um estado há tanto tempo vigente, as medidas radicais nunca são resposta,
um assunto de tamanha delicadeza merece uma progressão gradativa, então defendo a institucionalização da tolerância, e a aplicação da pena para infratores de um estatuto criado em cima dessa lei de tolerância, e passo à passo aplicaremos outras mudanças e adaptações as regras, mas no período de transição a devida educação e conscientização à cerca do danos e consequências desse ato, deverá ser minunciosamente aplicada, afim de que o cidadão e principalmente o jovem, tenha total conhecimento das implicações daquilo não só para si, mas para todos aqueles à sua volta, definitivamente algo para se pensar! cuidadosamente, é claro.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Postagem nº 02 - A Indústria de Entretenimento Infanto-Juvenil

Pensando ainda outro dia sobre qual seria meu próximo post, eis que imaginei algo sobre o Bolsonaro, a igreja ou até a corrupção, mas esses assuntos já foram demasiadamente discutidos ou talvez eu não considere pertinente discuti-los agora. Então conversando com um camarada disparei a frase:"as produções orientadas ao público infanto-juvenil na atualidade são simplemente degradante", ele que tem a minha mesma faixa de idade concordou, afinal todos esses desenhos violentos e sem um pingo de instrução, são verdadeiras bombas para a criançada, mas pensando bem, na minha época havia o bloco de desenhos japoneses na Rede Manchete, onde os animes e seriados eram ricos em ação e violência, quem não se lembra dos Cavaleiros do Zodíaco, Jaspion, Shurato, Jiraya e Jiban... mas a crítica contida nesse meu post não é sobre a violência da programação e sim sobre sobre a falta de produção cultural para equilibrar essa balança.
Aqueles que foram crianças no final da década de 1980 e durante a década de 1990, vão concordar comigo quando cito a Tv Cultura e todos os seus programas altamente instrutivos, entre eles as produções próprias como: Rá-tim-bum, Glub-Glub, X-Tudo, Revistinha, Cata-lendas, Cocóricó, Mundo da Lua, os desenhos animados como: O Pequeno Urso, Nena, Peter Rabbit, As Aventuras de Tintin, Rupert e até mesmo Os Camundongos Aventureiros e tantos outros, programação que me deixava ligado o dia inteiro à frente da TV e foram ótimos temas e lições que ali aprendi e até hoje guardo com carinho na minha memória.
Guardei uma observação especial para o programa que mais evoco, por reunir em si tanta cultura e informação útil, que para mim é até hoje a obra-prima do canal em questão, O Castelo Rá-Tim-Bum, ah! esse sim quanta coisa aprendi, desde os desafios e trava-línguas com o Porteiro e o Mau, literatura com o Gato Pintado, artes plásticas com o Pintor Maluco e o quadro da sala do castelo, matemática com a Dedolândia, Geometria com a caixa mágica, música com o piano, idiomas com os bonecos da lareira, história com a Tia Morgana e principalmente o que mais sinto falta na programção geral dos dias de hoje, educação cívica, pois o que mais a turma do castelo ensinava era como ser um bom cidadão, uma boa pessoa, e isso eu não vejo com tanta frequência nas produções atuais. Ainda que a TV cultura continue a reprisar, os programas já tem cerca de 15 à 20 anos desde sua produção original, e para a geração 3D e efeitos especiais, o castelo pode já não ser tão atrativo como foi para a minha, uma pena. Talvez seja essa a explicação para a insubordinação geral da atual geração, pois além de cultuarem os ídolos rebeldes e revoltados mais do que nunca, ser errado é o certo(confuso não?), mas é a realidade.
Tentei até não colocar a política nesse post mas é impossível, pois esse é o principal mote do nossa nação: "tapar buracos", mas se investir na educação da criançada é a chave para um bom futuro, a remissão dessa produção cultural, muitas vezes até por falta de incentivo dos nossos representantes no poder e mesmo da iniciativa privada, cria uma trágica lacuna num período tão importante da fomação do indivíduo, que é a infãncia, e já que infelizmente a televisão ainda é o meio de maior influência sobre o cidadão brasileiro, por que não incentivar o enriquecimento cultural do entretenimento infanto-juvenil?, afinal se construímos um edifícil com uma base firme, bem estruturado e com material de qualidade tão cedo não precisaremos nos preocupar com rachaduras na sua estrutura, logo se reforçamos as bases das nossas crianças, não precisaremos de planos de recuperação de jovens, afinal não haverão jovens à serem recuperados, pensem bem nisso pois agora tá na hora da resprise do castelo.

domingo, 17 de abril de 2011

Postagem nº 01 - A Política Partidária Nacional

Hoje em dia, ao ler artigos em revistas e jornais à respeito da atual conjuntura da política partidária nacional, já não me surpreendo com absolutamente nada. Afinal a falta de personalidade e identidade ideológica dos partidos políticos, me fazem até evocar o épico episódio protagonizado por Dado Dolabella e João Gordo num programa de TV, "Vocês traíram o movimento!".
A revista Istoé nº 2160, publicou uma matéria focando principalmente a atual posição do PCdoB, trocando em miúdos, Carlos Prestes deve estar se revirando no túmulo, e com razão pois o partido que deveria defender uma sociedade mais justa e igualitária assumiu agora o lema "a farinha é pouca, meu pirão primeiro" junto à tantos outros que já pertencem á esse infame rol, lutando por nada mais se não, os almejados cargos públicos.
Atualmente não enxergo idealismo nos partidos políticos do nosso país(e para aqueles que citarem o PSOL, lamento muito, aquilo não é idelismo é alienação) infelizmente hoje bandeiras são apenas bandeiras, não há direita, esquerda ou centro na política nacional, existem sim os caras-de-pau e os falsos revolucionários, o PSDB hoje lidera o grupo dos franco-defensores dos conglomerados financeiros e a classe alta, enquanto o PT lidera o grupo dos defensores da "massa oprimida", e o povo engole esse teatro por organização política, mas todos sabem que no frigir dos ovos "o buraco é mais embaixo".
É evidente que com a concessão da copa do mundo 2014 e as Olimpíadas de verão de 2016, estão todos loucos por sua fatia da torta pois eventos de tal magnitude, são verdadeiras orgias financeiras junto aos cofres públicos, Deus nos acuda e os imposto continuam subindo.
Terminarei esse post citando João Ubaldo Ribeiro, "Se retirassem as nomeclaturas, seria impossível distinguir os partidos políticos, deveriam então abandonar suas siglas e passarem à atuar sob o nome de 'PPPPP' leia-se, Partido Pela Predação do Patrimônio Público, pois é disso que se trata o nosso panorâma político meninos e meninas.