terça-feira, 19 de abril de 2011

Postagem nº 02 - A Indústria de Entretenimento Infanto-Juvenil

Pensando ainda outro dia sobre qual seria meu próximo post, eis que imaginei algo sobre o Bolsonaro, a igreja ou até a corrupção, mas esses assuntos já foram demasiadamente discutidos ou talvez eu não considere pertinente discuti-los agora. Então conversando com um camarada disparei a frase:"as produções orientadas ao público infanto-juvenil na atualidade são simplemente degradante", ele que tem a minha mesma faixa de idade concordou, afinal todos esses desenhos violentos e sem um pingo de instrução, são verdadeiras bombas para a criançada, mas pensando bem, na minha época havia o bloco de desenhos japoneses na Rede Manchete, onde os animes e seriados eram ricos em ação e violência, quem não se lembra dos Cavaleiros do Zodíaco, Jaspion, Shurato, Jiraya e Jiban... mas a crítica contida nesse meu post não é sobre a violência da programação e sim sobre sobre a falta de produção cultural para equilibrar essa balança.
Aqueles que foram crianças no final da década de 1980 e durante a década de 1990, vão concordar comigo quando cito a Tv Cultura e todos os seus programas altamente instrutivos, entre eles as produções próprias como: Rá-tim-bum, Glub-Glub, X-Tudo, Revistinha, Cata-lendas, Cocóricó, Mundo da Lua, os desenhos animados como: O Pequeno Urso, Nena, Peter Rabbit, As Aventuras de Tintin, Rupert e até mesmo Os Camundongos Aventureiros e tantos outros, programação que me deixava ligado o dia inteiro à frente da TV e foram ótimos temas e lições que ali aprendi e até hoje guardo com carinho na minha memória.
Guardei uma observação especial para o programa que mais evoco, por reunir em si tanta cultura e informação útil, que para mim é até hoje a obra-prima do canal em questão, O Castelo Rá-Tim-Bum, ah! esse sim quanta coisa aprendi, desde os desafios e trava-línguas com o Porteiro e o Mau, literatura com o Gato Pintado, artes plásticas com o Pintor Maluco e o quadro da sala do castelo, matemática com a Dedolândia, Geometria com a caixa mágica, música com o piano, idiomas com os bonecos da lareira, história com a Tia Morgana e principalmente o que mais sinto falta na programção geral dos dias de hoje, educação cívica, pois o que mais a turma do castelo ensinava era como ser um bom cidadão, uma boa pessoa, e isso eu não vejo com tanta frequência nas produções atuais. Ainda que a TV cultura continue a reprisar, os programas já tem cerca de 15 à 20 anos desde sua produção original, e para a geração 3D e efeitos especiais, o castelo pode já não ser tão atrativo como foi para a minha, uma pena. Talvez seja essa a explicação para a insubordinação geral da atual geração, pois além de cultuarem os ídolos rebeldes e revoltados mais do que nunca, ser errado é o certo(confuso não?), mas é a realidade.
Tentei até não colocar a política nesse post mas é impossível, pois esse é o principal mote do nossa nação: "tapar buracos", mas se investir na educação da criançada é a chave para um bom futuro, a remissão dessa produção cultural, muitas vezes até por falta de incentivo dos nossos representantes no poder e mesmo da iniciativa privada, cria uma trágica lacuna num período tão importante da fomação do indivíduo, que é a infãncia, e já que infelizmente a televisão ainda é o meio de maior influência sobre o cidadão brasileiro, por que não incentivar o enriquecimento cultural do entretenimento infanto-juvenil?, afinal se construímos um edifícil com uma base firme, bem estruturado e com material de qualidade tão cedo não precisaremos nos preocupar com rachaduras na sua estrutura, logo se reforçamos as bases das nossas crianças, não precisaremos de planos de recuperação de jovens, afinal não haverão jovens à serem recuperados, pensem bem nisso pois agora tá na hora da resprise do castelo.

domingo, 17 de abril de 2011

Postagem nº 01 - A Política Partidária Nacional

Hoje em dia, ao ler artigos em revistas e jornais à respeito da atual conjuntura da política partidária nacional, já não me surpreendo com absolutamente nada. Afinal a falta de personalidade e identidade ideológica dos partidos políticos, me fazem até evocar o épico episódio protagonizado por Dado Dolabella e João Gordo num programa de TV, "Vocês traíram o movimento!".
A revista Istoé nº 2160, publicou uma matéria focando principalmente a atual posição do PCdoB, trocando em miúdos, Carlos Prestes deve estar se revirando no túmulo, e com razão pois o partido que deveria defender uma sociedade mais justa e igualitária assumiu agora o lema "a farinha é pouca, meu pirão primeiro" junto à tantos outros que já pertencem á esse infame rol, lutando por nada mais se não, os almejados cargos públicos.
Atualmente não enxergo idealismo nos partidos políticos do nosso país(e para aqueles que citarem o PSOL, lamento muito, aquilo não é idelismo é alienação) infelizmente hoje bandeiras são apenas bandeiras, não há direita, esquerda ou centro na política nacional, existem sim os caras-de-pau e os falsos revolucionários, o PSDB hoje lidera o grupo dos franco-defensores dos conglomerados financeiros e a classe alta, enquanto o PT lidera o grupo dos defensores da "massa oprimida", e o povo engole esse teatro por organização política, mas todos sabem que no frigir dos ovos "o buraco é mais embaixo".
É evidente que com a concessão da copa do mundo 2014 e as Olimpíadas de verão de 2016, estão todos loucos por sua fatia da torta pois eventos de tal magnitude, são verdadeiras orgias financeiras junto aos cofres públicos, Deus nos acuda e os imposto continuam subindo.
Terminarei esse post citando João Ubaldo Ribeiro, "Se retirassem as nomeclaturas, seria impossível distinguir os partidos políticos, deveriam então abandonar suas siglas e passarem à atuar sob o nome de 'PPPPP' leia-se, Partido Pela Predação do Patrimônio Público, pois é disso que se trata o nosso panorâma político meninos e meninas.